Composição do preço da gasolina: entenda como funciona

Muito tem se falado sobre a crescente no preço da gasolina que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), subiu 6,95 para o consumidor, apenas entre os meses de fevereiro e março de 2022. Mas você já parou para pensar em como é feita a composição desse preço? Em quais fatores são levados em consideração?

É sobre esse assunto que falaremos no post de hoje aqui no informativo do Posto Puppi! Portanto, se você quer entender melhor como funciona a composição do preço da gasolina, continue nos acompanhando. Boa leitura!

Como o valor da gasolina é definido?

Considerada uma conta complexa de se fazer, a composição do preço da gasolina leva em consideração diferentes fatores, tais como: Petrobras, players do mercado internacional, Governo Federal e Governos Estaduais.

Além disso, é importante entender também sobre os movimentos de cada um dos fatores que alteram o preço da gasolina, como:

  • Política de preços da Petrobras;
  • Preço do etanol;
  • Preço do petróleo;
  • Impostos;
  • Refino, distribuição e revenda;

Petróleo e seu preço internacional
Sem sombra de dúvidas, o preço internacional do petróleo pode ser considerado com um dos maiores ‘vilões’ no que diz respeito à composição do valor da gasolina, bem como a inflação no preço dos combustíveis de forma geral. É importante ressaltar também que o cenário antes do conflito entre Rússia e Ucrânia já não era dos mais favoráveis, mas agora segue a níveis preocupantes.

Linha do tempo
No início do ano de 2022, o barril de petróleo era negociado a US$73,52. Já no dia 7 de março do mesmo ano, o mesmo barril passou a custar US$139,13, ou seja, uma alta de 52% em pouco mais de dois meses.

Como ainda estamos vivendo um período de conflitos, especialistas alertam que o teto do preço do petróleo pode ser ainda maior nos próximos meses, o que fará com que o preço da gasolina também continue a disparar.

Política de preços da Petrobras
Apesar do valor inflacionado do petróleo ser um problema que assola todo o mundo, a nível nacional, a política de preços adotada pela Petrobrás revela um cenário ainda mais sensível e preocupante.

De forma descomplicada, o que acontece é que o brasileiro precisa pagar pelo preço da gasolina no mesmo patamar dos negócios feitos em dólar, só que ganhando em real e sob um câmbio desvalorizado.

Isso porque, desde o ano de 2016, a Petrobras tem como critério de precificação a PPI (Política de Paridade Internacional), que determina que os custos do produto importado sejam incorporados e ofertados em diferentes pontos do país.

Refino, distribuição e revenda
Quanto aos processos de refino, distribuição e revenda, em tese, o PPI deve funcionar de acordo com a lei de oferta e demanda, sem que ocorram interferências a nível estatal, mas isso vale para as transações internacionais.

E, mesmo que o Brasil seja autossuficiente na extração de petróleo, o gargalo da refinação ainda é um ponto delicado para o país. Assim, é preciso importar para atender a demanda justamente por falta de capacidade produtiva no refino do petróleo.

Tanto a distribuição quanto a revenda também acabam impactando na composição do preço da gasolina, já que apenas três empresas detêm 60% da distribuição de combustível, o que dificulta uma política independente dos maiores blocos.

Preço do etanol
Apesar de não seguir a mesma política de preço, o etanol também afeta diretamente o valor da gasolina. Isso porque corresponde de 18 a 27% de cada litro de gasolina vendida. Além disso, como a maioria dos carros é flex, a alta de um combustível “puxa o outro para cima”, elevando também a procura e o preço.

Impostos
A carga tributária sob o valor da gasolina também é uma questão sensível. Isso porque, com o objetivo de arrecadar, o governo aumenta a carga sob os combustíveis, o que acaba gerando um efeito rebote bastante pesado.

Alguns dos principais impostos que incidem no preço da gasolina:

  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  • Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE);
  • Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP);
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);


Esses são alguns dos principais fatores que contribuem com a composição do preço da gasolina. Você já sabia sobre algum deles? Continue acompanhando o informativo do Posto Puppi para mais informações como essas!

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